3° Evento Vida Mulher
Ocorreu no último dia 10/08, quarta-feira, na sede da ACM – Associação Catarinense de Medicina, em Florianópolis, o terceiro encontro do movimento Vida Mulher. Recebemos os ilustres palestrantes convidados, o promotor de justiça Jadel da Silva Junior, membro do Neavit – Núcleo Especial de Atendimento a Vítima de Crimes e a deputada estadual Marlene Fengler, membra do Observatório de Violência contra a mulher, da Alesc – Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. As palestras tiveram como foco o entendimento sobre o cenário de enfrentamento da violência contra a mulher no estado de Santa Catarina e a busca de caminhos para a capacitação do profissional da saúde no atendimento à mulher vítima de violência, .
O Neavit, como apresentado pelo promotor Dr. Jadel da Silva Júnior, centraliza uma rede integrada e interinstitucional que atende, acolhe e acompanha a vítima de violência, com objetivo de oferecer a ela acesso integral a seus direitos. A rede conta hoje com mais de 40 profissionais envolvidos e mais de 21 pontos focais, abrangendo a região metropolitana de Florianópolis. As instituições que fazem parte do núcleo são a OAB, MPSC, PJSC, PCSC, PMSC, SAP, SDS, DEF. PUB., PCI, RAIVS. Segundo o promotor Dr. Jadel da Silva Junior, para obter resultados efetivos, o enfrentamento do cenário de violência contra a mulher no estado deve ser feito em rede, nas palavras dele: “Nós precisamos trabalhar em rede. A única forma de nós proporcionarmos a vítima o atendimento integral aos seus direitos (…) é através de todos estes parceiros”.
A segunda palestrante da noite foi a deputada Marlene Fengler, representando o Observatório de Violência contra a Mulher, da Alesc. Em suas falas a deputada ressaltou a importância de humanizar e qualificar todo o sistema de atendimento das vítimas, pontuando a relevância do atendimento em rede para a real garantia dos direitos das mulheres vitimadas pela violência. A deputada citou também o quanto essa é uma busca por uma mudança cultural. Nas palavras da deputada “(…) humanizando este atendimento, que é uma coisa que é difícil, porque também é uma cultura. A gente está falando de uma mudança cultural, tanto das instituições quanto da sociedade, das mulheres, nós (mulheres) também temos muitas coisas para mudar”.
A deputada compartilhou, no que diz respeito ao sistema de saúde, sua percepção sobre a importância da capacitação e conscientização dos(as) agentes comunitários(as) de saúde. Que são os profissionais que estão em contato direto com a vítima, que vão até as casas e conhecem as famílias.
Ao final da reunião aconteceu uma mesa de debate, momento em que a coordenadora do movimento Vida Mulher, a médica reumatologista Giovana Ribeiro, apresentou a proposta de construção de um curso de capacitação que pudesse ser disponibilizado aos profissionais da saúde. Os meios de viabilização foram discutidos e a ideia de que esta iniciativa deve ser fruto de uma construção conjunta e multidisciplinar.
A reunião foi transmitida virtualmente pelo canal da ACM no Youtube e continua disponível para quem quiser se aprofundar nos temas abordados. Para acessá-la basta clicar aqui.